A cena é chocante. De
qualquer ponto um pouco mais alto nas grandes cidades brasileiras se observa,
especialmente nos períodos de inversão térmica no inverno, uma densa camada
cinzenta flutuando sobre a área urbana. Só em São Paulo o Laboratório de
Poluição Atmosférica e Saúde da Faculdade de Medicina da USP estima que 4 mil
pessoas morrem por consequências desta poluição causada essencialmente pela
circulação de veículos na cidade.
Além de comprometer a saúde, os veículos
representam mais da metade das emissões de gases de efeito estufa da cidade.
A poluição dos veículos esta relacionada de forma simplificada e quatro fatores: o tamanho da frota de veículos, o tipo de combustível utilizado, a intensidade de uso dos veículos e a eficiência e regulagem dos motores.
Hoje vivemos um sistema perverso: insuficiência e ineficiência do transporte público associados aos incentivos econômicos para veículos particulares (crédito fácil, subsídios etc) favorece o aumento da frota em circulação que travam o trânsito o que por sua vez aumenta a intensidade de uso dos veículos, inclusive os de transporte publico. Para complicar ainda mais o subsídio a gasolina diminui o consumo de alcool (menos poluente). A resultante é aumento de emissão de poluentes.
Nos últimos anos um dos fatores que tem amenizado os impactos deste quadro em São Paulo é programa de inspeção veicular obrigatória que controla da variável regulagem dos motores.
A poluição dos veículos esta relacionada de forma simplificada e quatro fatores: o tamanho da frota de veículos, o tipo de combustível utilizado, a intensidade de uso dos veículos e a eficiência e regulagem dos motores.
Hoje vivemos um sistema perverso: insuficiência e ineficiência do transporte público associados aos incentivos econômicos para veículos particulares (crédito fácil, subsídios etc) favorece o aumento da frota em circulação que travam o trânsito o que por sua vez aumenta a intensidade de uso dos veículos, inclusive os de transporte publico. Para complicar ainda mais o subsídio a gasolina diminui o consumo de alcool (menos poluente). A resultante é aumento de emissão de poluentes.
Nos últimos anos um dos fatores que tem amenizado os impactos deste quadro em São Paulo é programa de inspeção veicular obrigatória que controla da variável regulagem dos motores.
De uma forma simples trata-se de verificar
anualmente se os veículos estão respeitando os limites de emissão para cada
modelo. Quando é reprovado o veículo deve ser regulado e refazer o teste. Em
2011, 25% dos veículos foram reprovados na primeira inspeção, em 2012 este
percentual caiu para 20%. Ao contrário do que se imagina, veículos novos também
são afetados. Em 2011, 8% dos veículos com até 5 anos foram reprovados.
Cerca de 500 mortes foram evitadas em SP em decorrência das
regulagens de motor provocadas pela inspeção veicular.
Diante deste quadro seria razoável que o novo prefeito de São Paulo ao assumir buscasse fortalecer o programa de inspeção veicular para reduzir a absurda taxa de 20% dos veículos reprovados. Ao invés disso, o Prefeito Fernando Haddad ao assumir propôs, como uma das primeiras medidas, rever o programa tornando-o bianual, subsidiado pela prefeitura e isentando os carros com até 5 anos. Em suma, enfraquece o controle de poluição e aumenta o subsídio ao transporte individual às custos dos cofres públicos.
O uso transporte individual beneficia basicamente o seu usuários direitos, mas os custos de seus impactos decorrentes no trânsito, manutenção de vias, saúde entre outros recai sobre toda sociedade.
Ainda é tempo do novo prefeito esquecer este infeliz início e focar nas políticas de mobilidade urbana para ampliar a oferta, qualidade e eficiência e estimular o uso do transporte público e restringir, limitar e desestimular o transporte motorizado individual. Enfim, sair da contramão.
Diante deste quadro seria razoável que o novo prefeito de São Paulo ao assumir buscasse fortalecer o programa de inspeção veicular para reduzir a absurda taxa de 20% dos veículos reprovados. Ao invés disso, o Prefeito Fernando Haddad ao assumir propôs, como uma das primeiras medidas, rever o programa tornando-o bianual, subsidiado pela prefeitura e isentando os carros com até 5 anos. Em suma, enfraquece o controle de poluição e aumenta o subsídio ao transporte individual às custos dos cofres públicos.
O uso transporte individual beneficia basicamente o seu usuários direitos, mas os custos de seus impactos decorrentes no trânsito, manutenção de vias, saúde entre outros recai sobre toda sociedade.
Ainda é tempo do novo prefeito esquecer este infeliz início e focar nas políticas de mobilidade urbana para ampliar a oferta, qualidade e eficiência e estimular o uso do transporte público e restringir, limitar e desestimular o transporte motorizado individual. Enfim, sair da contramão.
Publicado em O Globo, em 09-01-2013